26 abril 2004

UMA CANÇÃO DESESPERADA
Mariazinha Cremasco
Devolve
A serenidade que me tiraste.
O respeito que um dia tivestes por mim.
O amor que sei que um dia tive de ti.
O olhar carinhoso, os pequenos gestos.
As doces e poucas palavras proferidas,
e que agora saem de tua boca
como larvas amargas e quentes,
ferindo-me
mortalmente.
Joga fora
Tua cólera, tua ira.
Teu desprezo, tua indiferença.
Teu orgulho.
E fala comigo.
Se, com esse pedido, julgas ainda que não mereço nada,
então não sou digna, mesmo, do teu carinho, do teu amor, do teu respeito.
Mas, ao menos te peço que revejas
no fundo de tua alma, no fundo do teu coração,
se eu sou essa pessoa que julgas.
Não sei o que te leva a agir assim comigo.
Mas sei que sofro.
Indiferença mata mais que ódio.
Nesse caso, vejo os dois: indiferença e ódio.
Aqui, juntos, no mesmo abrigo, no mesmo lugar
onde fazemos nosso pouso, nosso repouso,
nosso refúgio, não é possível que te sintas bem
da maneira como ages comigo.
Meu amor por ti é intenso e sempre será.
É a mais difícil forma de amar, a incondicional.
Ele existe há mais de vinte anos.
E viverá para sempre.
Acontece, meu filho...
que meu amor é imortal, mas eu não.
Prefiro a morte, à angústia de viver dessa maneira.
Devolve-me a paz.
Oi, voltei!
Consegui finalmente instalar o w.bloggar no meu novo micro.
Agora vai ser mais facil postar.
Só espero que o movimento melhore, por causa do abandono...
Mas agora tudo vai mudar!!!