10 maio 2007

O Papa Bento

Não sou católica nem evangélica, nem sei porque vejo o papa, quer dizer, nem para falar mal eu o vejo; mas gosto de ver a emoção do povo que cre no homem, se juntando, agitando bandeiras, cantando hinos, me dá a sensação que nossa humanidade tem chances de se resgatar.
Mas esse papa..., bom, ele não convence no papel. Um pouco bronzeado demais talvez, ou os belos mocassins italianos que trouxe nos pés, sob a batina impecavel...
Mas não é tambem a figura física dele que me incomoda, talvez seja sua palavra, ou melhor, o que não diz: não falou para os desajustados, os excluídos, os sem-esperança... sua mensagem não trouxe alegria, bálsamo ou generosidade para os que poderiam querer ouvi-lo por desespero, não justificou o gasto exagerado para a vinda de um representante de Jesus, que sempre andou a pé pelo deserto, vestindo apenas uma tunica sem bolsos.
Nem o coro de religiosos se ouviu, forte e firme, como na vinda do Papa João, "Abenção, João de Deus" ainda ecoa nos nossos ouvidos, trazendo um consolo de alma que na época foi de grande valia para tanta gente necessitada, que pena, desperdiçou-se uma oportunidade de tirar almas do fundo do Purgatório terrestre...

07 maio 2007

Momentos de Ira...



Há momentos em que tudo se apaga da sua mente, perde-se o controle da voz e do raciocínio.

Perde-se o senso, a gentileza, a piedade.

São momentos de ira.

Momentos que surpreendem, quando menos se espera, como um gatilho, eles disparam pela mente e pelo coração, levando ate a boca, palavras que nunca se diria com a consciência ativa.

Fatos que ocorrem com frequência, fatos esses que nem se dá atenção, de repente tomam proporções dantescas, como se ali se encerrasse sua vida.
E fica o mau gosto na boca, a mágoa aberta no peito, o olhar perdido no tempo.
Com o tempo, nos acostumamos com a dor e com a tristeza, mas não conseguimos esquecer.