07 fevereiro 2006

Viagem ao Passado

Hoje voltei no tempo.
Fui visitar a casa onde morei dos 6 aos 25 anos, a casa estava alugada e desalugou, meu irmão me convidou pra ir ver como estava.
Chegando lá, a decepção tomou conta de mim: a casa era outra, pintada de um rosa feio, pintaram as pedras da faixada de bege, as porta de azul, uma coisa horrivel. Alem de ser bem antiga, estava muito maltratada.
Mas assim que entrei nela, foi como se o tempo tivesse voltado: o terraço envidraçado, onde minha mãe cultivava samambaias e onde eu namorei tanto ainda estava lá, faltava a cadeira de balanço onde minha avó Carolina gostava de sentar no fim da tarde, onde a gente ouvia musica à noite no hi-fi ( quem lembra?), a sala grande, com um sofá xadres vermelho, uma
cadeira-do-papai ( quem lembra?), uma estante cheeeeia de livros, a tv e o radio amador do papai.
Dai se ia para o quarto da mamãe, com uma comoda linda, com uma N.Sa.das Graças enorme em cima dela, onde eu ia rezar sempre que tinha provas (santinha milagrosa!) , quebrou na mudança, que pena. Ia tambem para o meu quarto, me parecia tão pequeno mas quantos sentimentos me voltaram a ver apenas aquela janela...
A cozinha era um caso aparte. Grande, bem iluminada, com uma mesa enorme no meio, um piso lindo de granilite verde que a minha mãe encerava todos os dias e uma pia de marmore de Carrara, branquinha, branquinha que dava gosto. Era o centro de convenções da familia, sempre que se chegava, era ali que se parava...sempre vinha meu pai perguntar do nosso dia e minha mãe oferecer alguma coisa gostosa.
Um quintal enorme, com pés de milho, cenouras, laranja, limão, uvaias, mimosas violetas perfumadas (das quais nunca mais achei), dele só sobrou uma mangueira enorme, que resistiu bravamente nos fundos, na frente um lindo jardim, com rosas, lirios de São José, violetas perfumadas e um coqueiro-anão que dava cocos só nos anos pares, arvores enormes na calçada, uma infancia feliz, uma familia alegre, muuuuuito amor.
Como eu fui feliz naquela casa! Tudo na vida passa, mas essas lembranças são maravilhosas!
Valem algumas lágrimas em homenagem...

06 fevereiro 2006

Sementes de Mamona



Fiquei admirada com a grandeza do governador do Paraná, Roberto Requião.
O homem deveria receber a medalha de "Personalidade do Ano"
Um homem que governa um estado como o Paraná, de grandes vocação agricola, não conhecendo semente de mamona e vendo o seu Presidente lhe oferecendo algumas bolotas com um sorriso tão simpatico, não teve duvidas: lançou logo meia duzia delas na boca e mastigou.
E, louve-se a sua atitude abenegada, ao ouvir do Presidente Lula: "essas são sementes de mamona, pô!" e em seguida, o aviso: " Tem uma toxina que pode matar!" ainda respondeu: " "mas é gostosa!", por via das duvidas, tratou de cuspir de lado ( no tapete persa da dona Mariza que até hoje está dando cascudo na cabeça do Lula, pela gracinha), discretamente...