10 setembro 2001

Arnaldo Jabor
Recebi este texto de um amigo, que traduz fielmente algo que eu penso mas n�o explico.

NINGU�M MAIS NAMORA AS DEUSAS
Arnaldo Jabor
A pol�tica est� t�o repulsiva que vou falar de sexo. Outro dia, a Adriane Galisteu deu uma entrevista dizendo que os homens n�o querem namorar as mulheres que s�o s�mbolos sexuais. � isto mesmo. Quem ousa namorar a Feiticeira ou a Tiazinha? As mulheres n�o s�o mais para amar; nem para comer. S�o para "ver". Que nos prometem elas, com suas formas perfeitas por anabolizantes e silicones? Prometem-nos um prazer imposs�vel, um orgasmo metaf�sico, para o qual os homens n�o est�o preparados... As mulheres dan�am fren�ticas na TV, com bundas cada vez mais malhadas, com seios imensos, girando em cima de garrafas, enquanto os p�nis-espectadores se sentem apavorados e murchos diante de tanta gostosura. Os machos est�o com medo das "mulheres-liq�idificador". O modelo da mulher de hoje, que nossas filhas almejam ser, � a prostituta transcendental, a mulher-rob�, a "valentina", a "barbarela", a m�quina-de-prazer sem alma, turbinas de amor com um hiperat�mico tes�o. Que parceiros est�o sendo criados para estas p�s-mulheres? N�o os h�. Os "malhados", os "turbinados" geralmente s�o bofes-gay, filhos do mesmo narcisismo de mercado que as criou. Ou, ent�o, reprodutores como o Szafir, para o Rob�-Xuxa. A atual "revolu��o da vulgaridade", regada a pagode, parece "libertar" as mulheres. Ilus�o a toa.
A "liberta��o da mulher" numa sociedade escravista como a nossa deu nisso:super-objetos. Se pensando livres, mas aprisionadas numa exterioridade corporal que apenas esconde pobres meninas famintas de amor e dinheiro. S�o escravas aparente-mente alforriadas numa grande senzala sem grades. Mas, diante delas, o homem normal tem medo. Elas s�o areia demais para qualquer caminh�o. Por outro lado, o sistema que as criou enfraquece os homens que trabalham mais e ganham menos, tem medo de perder o emprego, vivem nervosos e fragilizados com seus pintinhos tr�mulos, cadentes, a meia-bomba, ejaculando precocemente, puxando sacos, lambendo botas, engolindo sapos, sem o antigo charme "jamesbondiano" dos anos 60. N�o h� mais o grande "conquistador". Temos apenas os "fazendeiros de bundas" como o Huck, enquanto a maioria virou uma multid�o de voyeurs, babando por deusas imposs�veis. Ah, que saudades dos tempos das bundinhas e peitinhos "normais" e sempre "dispon�veis"...

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