19 junho 2006

Brasil 2 x 0


Este é o cara!
Fred, o fenomeno.
Deu alegria para um montão de brasileiros!

Recordações

Lembro da casa da minha avó Ana, em Santo Andre.
Uma casinha pequenina, tão arrumadinha que parecia de boneca.
Tinha cristaleira, chapeleira, penteadeira!
Meu avô José, um espanhol sério e bonzinho, sentado na mesa de trabalho dele, no quartinho do fundo, lia o jornal todinho, pagina por pagina, inclusive os "reclames".
Minha avó, lidava com as plantas, tinha orquideas, muitas e lindas, tinha temperos, dálias e rosas, tudo isso numa faixa pequenina de terra. E tinha o pé de figo, que minha avó ensacava fruto por fruto, para os passarinhos não bicarem.
Eu e minha prima, eu de SP e ela de Botucatu, nos encontravamos todas ferias lá e era uma farra!
Minha avó fazia conservas, de frutas, de legumes, mas a campeã era a de tomate.
Um caldeirão de tomates e temperos, quilos e quilos de tomates, que ela plantava no terreno da casa do irmão, que era uma figurinha tambem, um dia conto a estoria do Tio Estevão. Mas voltando aos tomates, ela cozinhava aquilo tudo por horas e nós rodeavamos, esperando para passar o pão na panela.
Depois de pronta, ela colocava em vidros, lacrava e liberava o caldeirão com uma boa quantidade do molho, para nós passarmos o pão. Meu avô, previdente, ia ate a padaria e trazia grandes filões de pão e ficava assistindo a farra.
A gente saia com molho no rosto, no cabelo, nos olhos, comia um filão ou dois de pão, e ia direto para o banho, na banheira branca da vovó, era uma bagunça!
Minha avó Ana e meu avo Jose viviam o ano todo no silencio, na calma de uma cidade pequena, mas quando chegavam as ferias, era um pandemonio! Gente corajosa, hehehehe.
Adoro lembrar deles!