17 maio 2006

Me revolta...

Que momentos dramaticos passamos nós, habitantes de São Paulo, nesse fatidico dia 15 de maio de 2006!
Todos, sem excessão, se viram encurralados, assustados, constrangidos, ameaçados, abandonados!
Não havia ouvido radio nem visto tv na segunda feira, sai para ir ao Centro Espirita que frequento à tarde e percebi que não haviam onibus pelas ruas.
Liguei o radio do carro e comecei a ouvir comentarios de onibus incendiados e depredados, postos policiais atacados, soldados e ate bombeiros assassinados.
Comecei a ficar assustada mas fui ate o Centro, fiz minhas atividades por lá e na volta para casa, vim bem descontraida, em paz, ate perto de casa.
Parei no Pão de Açucar da Marginal Pinheiros para tomar um café e comprar pãozinho, quando desci do carro, olhei para o outro lado da Marginal, sentido Centro, e senti um calafrio: toda ela estava tomada por carros, congestionada e parada, olhei no relogio e vi que não passava das 4 da tarde!
Entrei no super, pedi meu café e fui informada que eles já estavam fechando, iam dispensar os funcionarios mais cedo, por causa dos atentados, a cafeteria ainda preparou meu cafezinho mas todos, de clientes a empacotadores, tinham um olhar preocupado, uma atitude de fuga, fiquei assustada, paguei e fui pegar meu carro. Quando olho para a Marginal por onde eu viera e por onde teria que sair, levei outro susto: Toda ela estava tambem coberta de carros, que procuravam rotas alternativas para sair daquele congestionamento.
Como eu conheço bem a região, fui por caminhos ainda não congestionados e cheguei bem em casa, mas os celulares não funcionavam, eu queria noticia de meus filhos, comecei a me desesperar.
Mas o que me deu mais tristeza foi ver as pessoas nos pontos de ônibus, muitas pessoas na estação de trem que margeia o Rio Pinheiros, uma verdadeira multidão andando a pé pelas ruas, avenidas, com ar assustado, cansado e sem nenhum tipo de proteção, não havia nem um carro policial, marronzinho ou qualquer outro tipo de autoridade, um perfeito abandono de cidade,
O que mais podia nos oferecer a Prefeitura, o Governo do Estado, se não a presença em massa da policia nas ruas? E fomos novamente enganados, vilipendiados, expulsos de nossa Cidade!

14 maio 2006

Mães tristes...

Porque filhos não amam as mães?
Porque mães se magoam com os filhos?
Porque ainda existem tristesas e incompreenções entre mães e filhos?
O que justifica um filho vir ver a mãe e nem um abraço dar, dizer "feliz dia das mães" como se dissesse "feliz dia do corretor"?
Aonde foi parar aquele afeto puro que fazia a criança chorar quando a mãe saia de perto?
O que aconteceu com aquele sorriso feliz, quando a mãe chegava no portão da escola para pega-lo?
Quando saiu de moda se amar aos pais?
Porque o colo materno já não é tão acolhedor como na primeira desilusão?
Porque as torcidas e palavras de confiança foram esquecidas?
Porque as lutas pela felicidade e sucesso daquela criança foram ignoradas?
Porque a palavra amiga já não é bem vinda? Porque a afeição foi substituida pelo interesse?
Onde foi que tudo aquilo se perdeu?
Amiga querida minha, liga inconsolavel: " Meu filho veio almoçar aqui em casa e nem Feliz dia das mães me desejou!" soluçou ela. "Entrou, comprimentou a todos, disse duas ou tres palavras para mim, e entre essas palavras, almoçou, comeu a sobremesa e saiu".
"Me senti ignorada, posta de lado, infeliz como nunca na vida"
E tem razão, filhos deveriam sempre ninar as mães, acaricia-las, mima-las...mães merecem!