03 agosto 2006

Helena Meirelles

Quem já ouviu, não esquece.
Quem já viu, reconhece. Mulher pequena, seca, triste.
Viola atravessada nas costas, chapeu de boiadeira, musica maravilhosa.
Ela compunha e tocava. Já morreu, pelo jeito, mulher que não aceitava arreio nem sela.
Bebia, dançava, tocava e ia embora quando lhe dava na telha.
Teve nove filhos, abandonou todos eles.
Uma historia de vida, uma carreira tardia, parece um milagre.
Fruto da terra, da vida dura, da angustia e da tristeza.
Mas a música dela é linda, doce e alegre,convida a sair bailando pelo galpão. E eu nem sou gaúcha.

Nenhum comentário: