23 julho 2003

Observações Humanas
Minha cachorrinha precisava de uma cama nova, ela comeu a dela. Então, debanho tomado e de lacinho nas orelhas, levei-a a uma loja famosa aqui em SP, a Cobase, para escolher uma mais ao seu gosto. Chegando lá, surpresa: o estacionamento lotado! Achei uma vaga e fui com ela, toda lampeira, olhando as novidades caninas, (e como tem novidades!) atrás de uma coleira nova ou um peitoril mais fácil de colocar, afinal o antigo já estava apertado tambem. E achei! Um em forma de "8" onde se colocam as patinhas nas argolas e prende-se nas costas, bem fácil e seguro. Peguei um e logo apareceu um moço simpatico, procurando uma coleira grande, que começou a brincar com a Nara, que não se faz de rogada e caiu na farra, e ele logo comentou: -
"- Que simpatica, depois o povo critica aquele senhor milionario paulista, que vai deixar a sua fortuna para o cachorro!"
Eu me senti meio por fora, depois lembrei da reportagem e concordei, para não parecer grosseira. E ele continuou:
"- Vai saber o amor que esse cãozinho deu para ele...pelo menos não lhe enfiou um punhal nas costas, tipo assim, uma traição"
Fiquei meio pensativa e ele completou:
"- Amor verdadeiro e sem limite hoje, só de animais, e mesmo assim se for cachorro"
e saiu caminhando, meio risonho, meio triste. Será mesmo?
Um sinal desse apreço pelos animais estava naquela pequena multidão, às 5 da tarde de uma 3a. feira, comprando coisinhas para seus amigos de 4 patas.

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